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A COMUNICAÇÃO COM OS FILHOS

 

Um desejo dos pais é o de acompanhar os filhos no seu desenvolvimento, estar a par do que acontece com eles, seus medos, sucessos, etc. Mas apesar dos pais tentarem construir uma relação forte, de confiança, com comunicação com seus filhos, o contrário é verdade em muitos casos. E isso porque há um processo envolvido nisso.

A vontade de explorar as coisas, de conhecer, de fazer parte de um grupo, muitas vezes afastam esse adolescente de casa, sem falar da interferência dos hormônios, que mexem com seu lado emocional e ele não sabe como lidar com a variação de emoções.

O melhor momento para começar esse processo de comunicação provavelmente é antes que problemas apareçam. Não adianta querer ser amigo, alguém em quem ele pode confiar, só quando algo errado ou ruim acontecer. Essa confiança deve ser construída desde cedo, sem críticas, com escuta e compreensão. O filho deve sentir os pais próximos, mas não invasivos. Talvez você precise mudar o estilo de conversa, aprendendo a estar junto dele.

Que tal uma noite em família, onde cada um conta uma novidade de sua vida?

Aprenda a escutar o que seu filho diz. Ele deve sentir que você se importa. Construa sua relação com ele desde o início, conheça seu filho, acredite que ele é capaz. Mostre interesse por ele, telefone durante o dia para dar um “oi”, saber como está, como foi a escola. Participe de seu dia a dia. Converse sobre o perigo das drogas e consequências de certos comportamentos

Seja um bom exemplo para ele, pois ele fará o que você faz, não o que você diz. São as nossas atitudes que carregam mensagens e não o que fazemos. Somos modelos para nossos filhos. Nossas ações têm efeito importante sobre o comportamento deles.

Pode ser cansativo, mas não desista! Vale a pena!

Nossos Adolescentes

“Nossos adolescentes estão perdidos” – frase bastante usada hoje em dia e que na realidade expressa muito mais do que se pensa. Estão perdidos porque querem muito e não sabem o que querem; não querem seguir o modelo dos pais e não sabem qual modelo seguir; agridem, porque não sabem como reagir; perdidos, porque não sabem fazer escolhas. E neste mundo consumista se perdem ainda mais.

A adolescência é um período visto pelos pais como conturbado, difícil e que, no entanto, é muito rico. É o momento da descoberta de si mesmo pelo adolescente, uma época de mudanças contínuas.

Os pais se sentem enlouquecidos com as transformações que acontecem com aquele filho que antes era companheiro nas visitas da família, comia o que lhe davam, ia aonde eles, pais, queriam. O então pai herói, o ser perfeito, agora é visto como “ridículo”.

O adolescente está constantemente em dúvida, em meio a tudo que para ele é novo: as mudanças que se operam no seu corpo, o próprio mundo que se abre com tantas opções e exigências vindas de todas as áreas, que exigem dele adaptações para as quais ele não se sente preparado. O adolescente sente falta de limites, embora aparentemente se rebele contra eles. São esses limites que lhe dão a sensação de segurança. Afinal, de alguma forma, alguém está se preocupando com ele. Sentindo-se o centro do mundo, ele testa tudo e todos mas, havendo respeito pela sua maneira de ser, por parte do adulto, não é difícil entrar em contato com ele.

Sabe-se que existem atritos entre o adolescente e os adultos que se relacionam com ele, porém, são atritos que o levam ao crescimento e ao enriquecimento de suas experiências. É o momento em que o adolescente necessita ser ouvido. O adulto não deve medir forças frente ao adolescente, mas apresentar-lhe argumentos para seus pontos de vista, além de aprender a ouvi-lo, pois o adolescente possui uma riqueza grande em termos de ideias diferentes que precisam ser consideradas. O adolescente não quer simplesmente ser controlado, porém, muitos pais querem exercer o controle, o que faz com que eles, pais, percam a chance de interagir com seus filhos e conhecê-los melhor. Conhecendo-os melhor, há a possibilidade de orientação mais adequada e consecução de resultados mais positivos. E é a família que transmite as mensagens basicamente mais fortes com as quais o adolescente vai se estruturar para saber dizer “sim” ou “não” nos momentos de sua vida.

E por que eles andam em grupos? Porque em grupos eles se sentem fortes, testam tudo, veem os amigos como confidentes, e é com esses grupos que eles vão aprender muitas regras, o que é importante para seu desenvolvimento.

Outros elementos presentes na adolescência são os extremos – ora muita alegria, ora muita tristeza. Hoje, há muitos casos de depressão e suicídio de adolescentes, assim como problemas por excesso de peso ou o outro extremo, anorexia nervosa e bulimia. Em muitos desses casos percebe-se que, “viver como adolescente” não está sendo fácil.

Momentos como esses fazem parte da adolescência, mas causam preocupação quando esses aspectos bloqueiam o caminho do adolescente. Este obstáculo deve ser trabalhado para que ele possa continuar sua caminhada. Nesse momento uma ajuda é a terapia onde o adolescente vai ter espaço para se colocar, se expor, poder ter uma consciência maior do que está acontecendo com ele, e receber ajuda para passar por essa fase.

O adulto deve estar aberto e sempre pronto a escutar esse adolescente que busca um papel definido na família e na sociedade e que também deve ser visto como capaz de ser carinhoso e companheiro. Ele quer e tem direito a um espaço próprio e os pais devem estar preparados para orientá-lo.

 

Lêda Zoéga Parolo

Psicóloga Clínica

O CUIDADO COM OS ELOGIOS

Todos sabem que devemos estimular as crianças, e que fazendo isso estamos aumentando sua autoestima, e que uma forma de fazer isso é através dos elogios.  Elogios incentivam e fazem a criança se sentir valorizada.

Mas elogios feitos a toda hora podem trazer consequências indesejáveis para a criança,  como ansiedade, insegurança , e faze-las sentir-se pressionada. A criança pode ter medo de se arriscar e mostrar que não é tão boa em algo, e por causa disso evita novos desafios, podendo  apresentar dificuldade em lidar com o fracasso.

Deve-se elogiar o processo, o esforço, e não os resultados, e o elogio deve ser baseado em coisas reais e verdadeiras. A criança sabe quando os pais não estão sendo sinceros no elogio.

Elogiar é também mostrar que a criança está sendo olhada no que faz.

Para isso, eis algumas sugestões de frases que podem ser usadas:

“Gostei de ver como você se empenhou”

 “Gostei quando você ajudou seu irmão” .

“Obrigada pelo quefez hoje”

“Eu gosto quando você....”

“ Que bom que se esforçou para fazer.....”

Dizer: “Você é o mais lindo da classe”, ou “mais inteligente”, gera comparação, competição. Ele não precisa ser o mais lindo, nem o mais inteligente.

Enfim, elogio é importante quando merecido, e se deve elogiar dentro de um limite.

 

Um elogio pode sim ajudar na autoestima mas lembre-se: aprove ou reprove as atitudes, não a criança. 

Importância das Emoções

A IMPORTÂNCIA DAS EMOÇÕES

 

Tal Ben-Sharar diz que só existem 2 tipos de pessoas que não sentem emoções doloridas, que não sofrem: são os mortos e os psicopatas. Como acredito que você não seja nenhum deles, você pode entender e se permitir ser humano. O que é isso? É poder sentir culpa, raiva, medo, frustração, ansiedade, pois esses sentimentos fazem parte da vida humana.

As pessoas pagam um preço alto por evitarem as emoções.  Reprimir as emoções negativas pode comprometer nossas emoções positivas e causar problemas físicos, ou até mesmo virem para fora de forma descontrolada, como num acesso de raiva, por exemplo.

Por que tentar evitar sentimentos como se fosse algo de errado? Você até pode esconder sentimentos dos outros e de você mesmo, mas não pode esconde-los de seu corpo e mente. Pense nisso.

Nos dias de hoje, parece que não podemos ter maus momentos. Mas não é verdade. Podemos compreende-los e vive-los, mas isso não querdizer conviver com eles de forma passiva.

E para que isso aconteça, muitas vezes é necessária a ajuda de um profissional.

Devemos entender as emoções e vive-las é saudável pois todas as emoções são aceitáveis. O que importa é o que é feito com essas emoções.

Como você lida com suas emoções?